Quando deslizar a tela se torna asfixiante: como lidar com gatilhos das redes sociais
- Camilla Vasconcelos
- 2 de nov.
- 1 min de leitura
Atualizado: 4 de nov.
Sentiu-se sufocada pelas redes recentemente?
Entre os inúmeros anúncios de gravidez, imagem de ultrassom e relatos detalhados de parto, há uma narrativa que raramente é abordada: a vivência de quem enfrenta a infertilidade.
Para aqueles que sonham em se tornar pais e encontram barreiras, cada atualização de status pode se transformar em um doloroso gatilho.
Trata-se de uma dor invisível, silenciosa, ainda assim, profundamente real. O feed das redes sociais não compreende. E, frequentemente, as pessoas à nossa volta também não.
Nesse turbilhão digital, surgem comentários, perguntas e suposições — sem a mínima empatia, sem filtro, e sem qualquer noção do quanto essas palavras podem ferir.
A dor de quem tenta e enfrenta o insucesso não tem forma física, nem nome definido… porém, é um peso constante.
Conviver diariamente com uma rede que perpetuamente enfatiza o que lhe falta é, sem dúvida, cruel.
Discutir essa questão não significa invalidar a felicidade de quem realizou esse sonho.
Trata-se de trazer à luz outro ponto de vista
A perspectiva de quem está em constante espera.
De quem persiste na tentativa.
De quem vive uma rotina de exames, consultas e frustrações.
E, frequentemente, sente-se isolada na própria angústia.
Que este texto ofereça um conforto.
Como sociedade, precisamos compreender a urgência de construir espaços — tanto no mundo digital quanto no real — que acolham todas as trajetórias e experiências.



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